03/08/2007

Gouqi


Lycium chinense

Os dias mais frescos, que tanto aborrecem o comum dos veraneantes, permitem-nos descobrir com vagar, sem o uniforme de banhistas, outros aficcionados da areia, sol e maresia. Como esta planta do género Lycium, de flores lindas com estames compridos como badalos, que encontrámos nas dunas entre a Aguda e a Granja.

Este género contém cerca de cem espécies, de que a L. chinense é a mais famosa. Por ser uma solanácea julgámos que seria tóxica, mas não: as folhinhas novas são um bom substituto da couve na sopa (o que talvez justifique a designação em português, cambroeira-da-China) ou um pitéu se fritas com ovos; os frutos, pendentes e vermelhos, são doces com um travo a licor, e constituem a essência do super-sumo tonificante, rico em vitaminas A e C e propriedades antioxidantes, a que os americanos chamam Goji (mas que é, asseguram vários autores, usado em medicina chinesa há muitos séculos).

É um arbusto com hábito pendente e ramos flexíveis, e o nome chinês gouqi significa salgueiro sagrado.

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